Com 20 anos de existência, o Eixão do Lazer muda a rotina dos moradores da cidade

Tiago Coelho

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O Governo do Distrito Federal, por intermédio da Administração de Brasília, criou, em 1991, o projeto “Eixão do Lazer” oferecendo, aos moradores do Plano Piloto um novo espaço de lazer, aos domingos e feriados, para manifestações esportivas e culturais, integrando a comunidade. A iniciativa completou 20 anos e humaniza um dos traçados mais importantes da arquitetura brasiliense, o Eixo Rodoviário Norte/ Sul.

Os principais objetivos do projeto são: criar novo espaço de lazer para a comunidade – o Eixo Rodoviário se estende por todo o Plano Piloto (17 quilômetros) e, quando interditado, torna-se local de fácil acesso para a população desfrutar de uma opção de lazer segura e gratuita; mudar o conceito do Eixo Rodoviário do “Eixo da Morte” para Eixão do Lazer; integrar a comunidade do Plano Piloto; envolver e valorizar a cultura local por meio de manifestações culturais, esportivas e educativas.

A variedade de eventos realizados no Eixão do Lazer é infinita. Dentre os mais significativos, podem ser citados: corridas; campanhas de saúde e de mobilizações sociais; eventos ecológicos; programa de rádio ao vivo; comemorações de datas especiais como o Dia das Crianças; shows de paraquedismo; recreações e oficinas infantis e atividades para a terceira idade.

O Eixão faz parte da vida do brasiliense. O lugar por onde circulam, em dias úteis, cerca de 80 mil veículos se transforma, aos domingos e feriados, em um grande centro de lazer. Liberadas para bicicletas, skates, patins, cachorros e carrinhos de bebê, as seis faixas e a pista central da rodovia recebem crianças, jovens, idosos, famílias inteiras. A última sondagem divulgada pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER), responsável pela rodovia, indica que pelo menos 2 mil pessoas aproveitam as pistas livres. Em dias de sol, esse número aumenta consideravelmente.

O casal Fernanda Oliveira e Maurício Bartelle prefere o Eixão para praticar esportes. “Se a gente fosse para o Parque da Cidade íamos ter que ir de carro. Aqui é pertinho”, diz Fernanda. O lugar é bom, mas pode ficar melhor ainda. “Podia ter uns quiosques arrumadinhos aqui, para a gente poder tomar uma água”, sugere Bartelle.

No Eixão sem carros encontra-se paz e tranquilidade. Dá para escutar o canto dos pássaros, contemplar o horizonte e o céu da capital; exercitar o corpo; e desopilar a mente. Aos domingos e feriados, o brasiliense gasta e recarrega suas energias. Esquece-se dos pardais, do acelerador e das buzinas para descobrir um outro Eixão.